O Aeroporto Ministro Victor Konder, de Navegantes, foi o primeiro no Estado a passar por um simulado de acessibilidade, uma determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que faz parte da preparação para as Paralimpíadas. A ação ocorreu nesta quarta-feira e envolveu 50 pessoas, entre funcionários da Infraero, das três companhias aéreas que operam no aeroporto e pessoas com necessidades especiais – cadeirantes, pessoas com deficiência visual ou auditiva –, além de uma gestante e um treinador de cão-guia.
O grupo de voluntários enfrentou a fila de check-in, passou pelos procedimentos de segurança e pela sala de espera antes de entrar na aeronave. Os cadeirantes utilizaram o ambulift, uma espécie de caminhão-elevador que chegou no ano passado a Navegantes e comporta até quatro pessoas de uma vez — o aeroporto está entre os que mais utilizam o equipamento no país, segundo dados da Infraero.
Um a um os voluntários foram acomodados, de acordo com as regras de acessibilidade: usuários de cão-guia, por exemplo — deficiente visual ou treinador — ocupam, preferencialmente, os primeiros bancos. Os cadeirantes ficam nas fileiras do corredor, para facilitar a entrada e a saída. A manobra da cadeira exige perícia dos comissários porque o espaço no avião é pequeno. Depois que todos estavam sentados nas poltronas, começou a operação de desembarque.
Todo o procedimento, desde a chegada ao aeroporto, foi cronometrado pelos funcionários da Infraero, que anotaram as dificuldades das equipes. O resultado ainda será avaliado, mas já foi possível perceber o que precisa melhorar.
— Precisamos de mais agilidade no ambulift quando há mais pessoas para transportar — avalia Douglas Nardeli, coordenador de segurança do aeroporto, que acompanhou o simulado.
Toda a operação de embarque levou cerca de 40 minutos.
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