Representantes da Defesa Civil de Santa Catarina, do governo federal e da comunidade indígena que ocupa a Barragem Norte em José Boiteux, no Alto Vale, chegaram a um acordo ontem em Brasília. Técnicos do Estado vão poder acessar novamente a área para fazer a manutenção para a estrutura que está inativa há mais de um ano, volte a operar imediatamente.
Em junho de 2014, 54 famílias indígenas montaram acampamento no local em forma de protesto. Os índios reclamam dos danos causados pelas inundações em suas áreas e pedem a construção de casas, pontes, reforma de escolas e estradas na reserva. No encontro, foi estabelecido um cronograma para que os governos federal e de SC realizem as obras.
— Estamos assumindo o compromisso de construir até 35 casas para retirar indígenas que estão em áreas de risco — disse o secretário de Defesa Civil de SC, Milton Hobus.
Também ficou definido que o Estado entregará até o dia 20 de outubro um estudo para delimitar uma área de segurança ao redor da barragem. Essa área, que hoje é da União, será transferida ao governo catarinense. O cacique Basílio Priprá, um dos líderes da aldeia Palmeirinha, saiu satisfeito da reunião.
— O objetivo foi atingido e agora é esperar que o governo federal e estadual cumpram o prometido.
O acerto põe fim a um longo impasse envolvendo governos e os índios e tranquiliza a população. A Barragem Norte é a maior do país em contenção de cheias e sua operação é essencial para evitar prejuízos decorrentes de enchentes, principalmente com as previsões recentes do El Niño, que em 2015 pode ser o mais forte dos últimos 50 anos.
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