Nesta sexta-feira Itajaí completa cinco semanas sem registrar casos novos de dengue. A informação é da diretora da Vigilância Sanitária, Rachel Marchetti. Ela atribui o período sem contaminação pelo vírus ao trabalho executado pelos agentes de endemia, que visitam as casas dos moradores diariamente para orientar e limpar os quintais com focos do mosquito aedes aegypti.
— Não é pelas condições da temperatura, porque estamos vivendo um verão — observa.
Rachel também não atribui a melhora aparente à comunidade. Segundo ela, desde março quando começaram a ser aplicadas multas nas residências ou terrenos com focos do mosquito, 4 mil moradores já foram notificados por reincidência.
— Têm muitas casas que os agentes notificam, tem que voltar e notificar de novo. Alguns moradores a gente deve ter conseguido orientar, mas outros não — lamenta.
O bairro São Vicente continua liderando o número de focos e de notificações, conforme a diretora.
Apesar do aparente cenário de contenção no avanço da doença, Rachel frisa que não há o que comemorar.
— A gente sabe que os ovos estão por aí e se tiver condições (calor e chuva) eles vão eclodir. Não temos tido chuva, mas se continuarmos com esse calor e começar a chover, poderemos ter problemas antes — alerta.
Como esse ano tem sido atípico em relação à meteorologia, a diretora explica que fica difícil dizer quando exatamente Itajaí vai voltar a registrar casos de dengue. Hoje, a Vigilância conta com uma equipe de 75 agentes para fazer o trabalho de campo.
— A gente quer uma equipe de 80, no entanto é uma categoria muito rotativa sai e entra muita gente. Temos que ficar esperando chamar, depois eles têm um mês para apresentar a documentação, por isso não estamos conseguindo manter os 80 —esclarece.
Em 2015, Itajaí registrou mais de 3 mil casos do vírus. Todas as contaminações ocorreram dentro da cidade, conforme a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive).
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