A investigação apontou que desde 2008, data em que a empresa foi fundada, 65 importações, que totalizariam uma média de R$ 7 milhões, teriam sido feitas. Entretanto, apenas R$ 3 milhões desse valor foram declarados. A manobra, segundo o delegado, teria resultado na sonegação de aproximadamente R$ 2,3 milhões em impostos federais.
— Isso é chamado de subfaturamento qualificado. Consiste basicamente quando o importador apresenta um valor bem inferior ao real valor da mercadoria. Os documentos apreendidos provam que 30% do contrato de cambio era fechado através do Banco Central e o restante vinha através de doleiros, malotes e até pelo Paraguai. Esse saldo ficava totalmente fora do controle da Receita Federal — explica Böger.
Até o momento ninguém foi detido. Böger esclarece que a prática fraudulenta de importação caracteriza crimes contra a ordem tributária. Nesse caso, os responsáveis ainda podem ser indiciados por falsificação de documentos, evasão de divisa, crime contra o sistema financeiro e, possivelmente, lavagem de dinheiro.
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