Atualmente, dois estudos
clínicos estão abertos e oferecem aos pacientes, o acesso a medicações novas.
De acordo com a médica reumatologista, Luciana Fornari, já existem pessoas
participando de um deles, e até agora, os resultados têm sido positivos.
A
partir desse mês de abril, um novo protocolo será oferecido, com outro tipo de
medicação, mas a atuação é praticamente a mesma no organismo: melhorar a forma
de ação do medicamento no corpo e ter menos efeitos colaterais, agindo de
maneira mais pontual no sistema imunológico do paciente. Entre os critérios
para participar, o paciente deve ter mais de 18 anos e a confirmação da doença.
O
lúpus é uma doença rara e de caráter autoimune. A médica reumatologista,
Luciana Fornari, explica que “ Todos nós possuímos um sistema de defesa no
nosso corpo e ele está lá para combater infecções. Esse sistema de defesa é o
sistema imunológico. Mas, nas doenças autoimunes, esse sistema acaba se
voltando contra o nosso corpo e entende que os órgãos do nosso corpo são uma
ameaça externa”.
Estima-se
que de cada duas mil pessoas, uma terá o diagnóstico positivo e a maior
incidência ocorre em mulheres, com idade entre 20 e 45. A médica Luciana
explicou que esta é uma doença bem complexa e multifatorial, ou seja, não tem
uma causa específica. “Hoje, conhecemos algumas predisposições, como genética,
causas hormonais como, por exemplo, pessoas com exposição ao estrogênio, com
uso de anticoncepcionais e exposição a infecções”, explicou a médica.
As
manifestações no organismo podem ocorrer de muitas formas, e muitas vezes são
confundidas com outras doenças, por conta da febre, fraqueza, perda de peso e
gânglios pelo corpo( ínguas). Mas, segundo a especialista, as mais comuns ainda
são lesões cutâneas, como a conhecida rash malar ou asa de borboleta, ou seja,
aquela mancha vermelha formada no dorso do nariz e nas bochechas, ou ainda
machas avermelhadas em locais expostos ao sol e as dores articulares.
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