Os servidores públicos de Balneário Camboriú aceitaram as propostas da prefeitura e nesta quinta-feira devem retornar ao trabalho. O retorno, no entanto, será com os servidores em estado de greve (usando camisetas de manifestação) por um prazo de 120 dias. Passado esse período pode haver nova paralisação.
Os servidores entraram em greve geral nesta quarta-feira, mas após negociação com o poder público decidiram retornar. Segundo o presidente do sindicato da categoria, Valdir Lolli, alguns dos assuntos em pauta ficaram pendentes e os servidores então deram um prazo para o município se manifestar, por isso o estado de greve.
De acordo com Lolli, a prefeitura reajustou o vale alimentação que era de R$ 120 para R$ 172 a partir de julho deste ano. Em janeiro do ano que vem o valor passará a R$ 200. Os servidores aceitaram o reajuste salarial de 5,87%, que são as perdas com a inflação, sem aumento real.
Entre os pontos que ficaram em aberto estão a construção da sede social dos servidores e a transformação dos empregos em cargos públicos. Sobre este último a prefeitura informou que vai solicitar um parecer jurídico.
Os servidores também querem a revisão de 27 cargos que não estavam contemplados no plano de cargos e salários e remuneração. Caso não haja respostas para esses três aspectos em 120 dias os trabalhadores prometem nova paralisação.
A greve geral dos servidores públicos afetou poucos serviços durante a manhã desta quarta. As áreas que mais aderiram a paralisação foram saúde e educação, conforme a prefeitura. Em frente a sede da administração cerca de 400 servidores também participaram de uma manifestação com faixas e cartazes.
De acordo com o secretário de Saúde, Marco Otílio Duarte Rodrigues, apenas algumas unidades de saúde atenderam parcialmente. Na educação, o diretor Jaime Guth informou que houve adesão parcial em apenas quatro núcleos de educação, dos 26 existentes. As 16 escolas municipais e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) funcionaram.
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