Deflagrada nesta terça-feira, uma operação conjunta da Polícia Federal de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul desarticulou um esquema internacional de tráfico de drogas que envolvia ainda cidades paranaenses e também do Paraguai.
Iniciadas separadamente, as operações Monte Alegre (em Santa Catarina) e Antares (no Rio Grande do Sul) identificaram suspeitos comuns às duas investigações, o que ocasionou grande troca de informações entre as delegacias da PF em Itajaí e Caxias do Sul, e com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai.
Desde a madrugada, os agentes cumprem 26 mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão em quatro cidades catarinenses (Barra Velha, Itajaí, Balneário Camboriú e Camboriú), cinco gaúchas (Bento Gonçalves, Santa Tereza, Muçum, Marau e Guaporé), uma paranaense (Santa Terezinha do Itaipu) e uma no Paraguai (Ciudad Del Este).
Em Santa Catarina, as investigações tiveram início há cerca de quatro meses, quando foi identificado um grupo criminoso que atuava no fornecimento de cocaína e maconha proveniente do Paraguai. A droga era distribuída na região de Itajaí, além de outros municípios do Rio Grande do Sul e Paraná.
A droga chegava até a região sendo transportada oculta em tanques de combustível de caminhões ou em sacos de farinha. Dentre os investigados há pessoas já presas anteriormente pelo mesmo crime, bem como foragidos com mandados de prisão em aberto de operações anteriores, como a Summer.
A troca de informações entre as polícias federais de Itajaí e Caxias do Sul possibilitou apurar a existência de alguns investigados em comum.
No Rio Grande do Sul, a PF identificou que os cartéis de fornecimento da droga eram centralizadas nas zonas de Amambay e Concepcion, no Paraguai. O principal operador do consórcio tem atuação em Ciudad Del Este, um narcotraficante paraguaio foragido do sistema prisional brasileiro, com Ordem de Captura pela Interpol.
Na aquisição da droga, os principais compradores são dois irmãos de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, que atuam há duas décadas no tráfico internacional. As investigações apontaram que eles se associaram a empresários da região, que operacionalizam o ingresso da droga no Brasil em fundos falsos de caminhões - em meio a carga de produtos legalizados, como resíduos plásticos recicláveis.
Além de prover os meios para o ingresso da droga, os empresários também mantinham contato com o narcotraficante procurado pela Interpol para concretizar as negociações voltadas ao tráfico de drogas.
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