Inferi em meu artigo “A Vinha e o Ceticismo”, no livro “As Profecias sem Mistério” (1998), que é flagrante a necessidade de alargar a
ótica espiritual do pensamento humano criador, para que finalmente se torne
aríete da gigantesca libertação que resta por fazer. Em que bases?! Nas do
Espírito, desde que não considerado medíocre projeção da mente, porquanto é a
Sublime Luminosidade que dá vida ao corpo: eis a Extraordinária Vinha que o Criador oferece à criatura para livrá-la
da zonzeira do ceticismo excessivo. Embora certa dose dele seja bastante
salutar, se apreciarmos esta advertência de James Laver (1899-1975), antigo
responsável pelos departamentos de Gravura, Desenho e Pintura do Victoria and
Albert Museum, de Londres, entre 1938 e 1959: “O ceticismo absoluto é tão
injustificado quanto a credulidade absoluta”.
LEIS FÍSICAS E CETICISMO
Na
nova edição de “Cidadania do Espírito”, incluí: Nas páginas da obra “O Cérebro
Espiritual — Para uma ciência não materialista da mente”, encontramos este
raciocínio da bióloga e naturalista religiosa norte-americana Ursula
Goodenough: “A ciência na verdade não pode falar de coisas como telepatia,
crença, et cetera, de maneira
alguma... Tudo o que sabemos sobre leis físicas consideraria completa e
irrefutavelmente que isso não acontece, que não é a forma como as coisas
funcionam”.
Os
autores do compêndio, dr. Mario Beauregard, Ph.D., e a jornalista Denyse
O’Leary, citam ainda reflexões do pesquisador e autor na área de Parapsicologia
Dean Radin, em seu “The Conscious Universe”, que declara: “Aos poucos, na
década de 1990, [o ceticismo] foi se deslocando de controvérsias sobre a
existência de efeito psi para como explicá-lo... Os céticos que continuam a
repetir as mesmas afirmações de que a parapsicologia é uma pseudociência, ou
que não existem experiências reproduzíveis, são mal informados não apenas sobre
o estado da parapsicologia, mas também sobre o atual estado do ceticismo!”
E
comentam os autores: “Em geral, os materialistas reagem ao psi de quatro
maneiras: negação categórica, afirmações de que a ciência não pode tratar psi,
alegações de que se trata de um efeito trivial e proposição de hipóteses
alternativas que permanecem não testadas”.
Encerro
chamando a atenção para o que ressaltou Ursula Goodenough: “...tudo o que
sabemos sobre leis físicas...”. Ora, e o que sabemos é tão insuficiente! A cada
dia conhecimentos postos como irredutíveis são derrubados, ou quase isso, por
novas descobertas científicas. Talvez ainda falte mais humildade a esse
fabuloso campo. E, para alguns poucos expoentes, menos temor de perder o status quo.
Sabemos
que é preciso aprender sempre mais. Sócrates (470-399 a.C.), que dispensa
apresentação, dizia: “Quanto mais sei, mais sei que não sei”.
O
caminho do aprendizado é infinito. (...) Ser constantemente revista é o grande
apanágio da Ciência, o sinete de sua amplitude, a segurança do seu
desenvolvimento, o qual tem elevado a novos estágios a Humanidade.
Ao
perscrutar o conhecimento, o ser humano atinge a Ciência. Quando vivencia o
Amor Fraterno, alcança Deus, o supino da Sabedoria, a equação perfeita.
José de Paiva
Netto — Jornalista, radialista e escritor.
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