Os cerca de 5,7 mil cooperados à Cooperativa de Crédito Rural do Litoral, Vale do Itajaí e Norte Catarinense (Credialves) em 2011 têm até o fim de março para ir a uma unidade do banco. Eles — que são, na prática, sócios do banco — precisam negociar a dívida adquirida com o rateio dos quase R$ 17 milhões em prejuízos amargados pela Credialves.
Nesta quinta-feira completa três meses de intervenção do Banco Central na cooperativa. Desde dezembro, as contas estão congeladas e as operações, limitadas.
O valor da dívida repassada para cada cooperado é proporcional à movimentação bancária — que inclui empréstimos — entre janeiro e dezembro de 2011.
Quem não fizer a negociação dentro prazo estabelecido, arcará com juros moratórios de 1% ao mês e multa de 2% sobre o saldo devedor. Há opção de parcelamento em até 12 meses, com valor mínimo de R$ 170 e acréscimo de 0,5% ao mês referente à Taxa Referencial (TR). Quem optar pela diluição deverá arcar com boa parte do valor no início do parcelamento.
De acordo com a Credialves, até terça-feira cerca de 10% dos cooperados negociaram a dívida, o que pode ser feito em qualquer unidade da Credialves.
Desde dezembro, a cooperativa é gerida por João Maximo Iurk, nomeado interventor com amplos poderes de administração pelo Banco Central. O BC determinou a intervenção — que segue até junho e pode ser prorrogada por mais seis meses — por conta de má administração da cooperativa, sujeitando os credores a risco.
Com cerca de 6 mil cooperados, a Credialves atua nos municípios de Luis Alves, Ilhota, Massaranduba, Guaramirim, Joinville, Corupá, Rio do Oeste, Laurentino, Gaspar e Imbituba desde 2001.
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