sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Grão de mostarda e tempos melhores

       Paiva Netto


Atravessamos um momento de transformação no mundo, radical e turbulento sob muitos aspectos, o que exige de nós capacidade superior no enfrentamento de obstáculos de todos os matizes. Assim comecei mais uma palestra no rádio. E prossegui: Não me refiro a uma correria neurótica porque há gente que corre, corre, corre sem chegar a ponto algum. Falo aqui de uma preparação sistemática e corajosa em prol de tempos melhores, sempre desejados, mas até agora não devidamente conseguidos pela Humanidade (...). O que lhe anda talvez faltando é perspicácia e perseverança no tocante a certos ensinamentos básicos que Jesus, o Profeta Divino, farta e esperançosamente, nos transmite. Bom exemplo encontramos na Parábola do Grão de Mostarda, em que um homem planta pequena semente e, apesar de miúda, ela desabrocha, cresce e se torna frondosa árvore, de forma que as aves, dela se aproximando, formam morada nos seus ramos (Evangelho segundo Mateus, 13:31 e 32).
O semeador teve, digamos, uma visão profética, porque possuía conhecimento acerca do extraordinário valor contido na sementinha e seu consequente futuro. É essa uma das lições que Jesus, nessa parábola, nos quer transmitir. O contrário seria deixar o diminuto grão largado no caminho, e lá abandoná-lo sem germinar. Assim, quando não temos ciência da força que traz a Palavra Divina, arriscamo-nos a chutar a semente e desprezar a grande fortuna que Deus nos oferece, prejudicando o porvir. Ora, o que hoje aprendemos senão que aquele que possui informação e comunicação é dono do mundo?...
Vê-se logo que o chutador de semente anda desinformado. Imaginemos o que ocorre com quem desconhece Evangelho e Apocalipse, de preferência em Espírito e Verdade à luz do Novo Mandamento de Cristo Rei. Quantas oportunidades perde! Não considerar isso é andar mal avisado.
Todos os empreendimentos humanos e espirituais, dos modestos aos mais destacados, foram antes pequeninos, assim como um novo ano que se inicia (2013). A origem pode ter sido um diálogo familiar, uma reunião de trabalho, uma intuição... E, se a ideia nova é cultivada segundo os princípios humanitários evangélicos e apocalípticos, os benefícios para a coletividade hão de ser incontáveis.

CORRIDA PELA INCLUSÃO
O artigo “Autismo e desafios da inclusão”, que publiquei nesta coluna, agradou muito a sra. Eufrásia Agizzio, presidente da Amai-SBO (Associação de Monitoramento dos Autistas Incluídos de Santa Bárbara D’Oeste/SP), que considerou o texto bastante esclarecedor. Ela é mãe de Victor, jovem autista de 13 anos, cuja história de vida está na origem da Amai-SBO, que nasceu para ajudar outras famílias com situações semelhantes.
Recentemente, a Boa Vontade TV, no programa “Sociedade Solidária”, repercutiu a 1ª Corrida Pela Inclusão, realizada pela Amai-SBO no mês de dezembro, na sua cidade-sede. Da louvável mobilização esportiva, participaram atletas com e sem deficiência. Autoridades, profissionais da saúde, da educação, da mídia, pessoas da melhor idade, moços, crianças, povo em geral prestigiaram o evento com o seu apoio.
Dona Eufrásia, ao agradecer, sensibilizada, a cobertura feita pela LBV, ressaltou: “É fundamental a divulgação do autismo, o conhecimento diminui o preconceito”.
Aos pais: fiquem atentos aos sinais de alerta na criança. Por exemplo: “Não balbucia aos 12 meses; Não faz gestos (adeus, apontar) aos 12 meses; Não diz palavras soltas aos 18 meses; Não diz frases espontâneas de 2 palavras (não é ecolalia/repetição) aos 24 meses; Perda de qualquer capacidade social ou de linguagem em qualquer idade”. (Filipek e cols., 1999)
Oportunamente, voltarei ao assunto.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

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