quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ministério Público pede prisão de policiais que desviaram dinheiro de assalto a carro-forte em Joinville

O promotor de justiça responsável pela área militar em SC, Sidney Eloy Dalabrida, requereu terça-feira a prisão preventiva dos cinco policiais militares que confessaram ter furtado um malote do carro-forte explodido por assaltantes na Serra Dona Francisca, em Joinville, na semana passada.

O sargento e os quatro soldados, lotados no 8º Batalhão da PM em Joinville, teriam se aproveitado para desviar pelo menos R$ 10,5 mil – a quantia já devolvida. O inquérito foi concluído pela PM, cujo comando-geral já havia sugerido a prisão dos indiciados.

O Ministério Público pediu que a investigação prossiga de forma a confirmar o valor desviado. Para isso, pediu a quebra do sigilo bancário dos policiais. A solicitação foi encaminhada ao juiz da auditoria da Justiça Militar, Getúlio Correa, para análise.

Estão na lista do pedido de prisão o sargento Erevan de Souza e os soldados Flávio Batista Castelão, Carlos Henrique Barbosa, Samuel Martins e Waldilson Rankel.

De acordo com a investigação, que incluiu dados de rastreamento por satélite da viatura usada pelos policiais, após chegar à SC-301, onde ocorreu o assalto, o sargento teria jogado no banco de trás da viatura um malote de dinheiro recolhido do cofre explodido do carro-forte.

Em seguida, a guarnição seguiu para um sítio de um policial conhecido, onde escondeu o dinheiro em um barranco. A ideia era voltar depois para fazer a divisão do montante. Aos serem interrogados sobre a mudança de rumo, eles confessaram o crime.

Crime “grave”

Dalabrida classifica de “grave” o fato de os policiais terem se aproveitado da função. Segundo ele, a prisão garantiria a credibilidade das instituições.

— A liberdade dos policiais representa afronta à sociedade, que coloca neles a expectativa de que reprimam a criminalidade e não de que, valendo-se de facilidades funcionais, cometam crimes —, argumenta.

O comandante do 8º BPM, Eduardo Luiz do Valles, disse que R$ 10,5 mil foram depositados em juízo terça-feira para o saque da seguradora que cobre a transportadora Prosegur. Até esta terça-feira, os policiais haviam sido afastados da ronda, mas não do serviço.

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