Alvo de denúncias do Ministério Público e de um processo de cassação na Câmara de Vereadores, por suspeita de fraude em licitações, o prefeito de Londrina (PR) acabou preso ontem em Balneário Piçarras. José Joaquim Martins Ribeiro foi abordado por policiais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Itajaí (Gaeco) quando saía de um hotel, no início da manhã.
Horas depois, o advogado dele entregou à Câmara de Vereadores de Londrina um pedido de renúncia. Para o MP, Ribeiro já estava na região há dias, numa tentativa de escapar à perda do mandato.
_ Informações davam conta de que ele estava num apartamento que possui em Balneário Camboriú, evitando ser notificado pela Câmara do processo de cassação _ diz o promotor Jorge Fernando Barreto da Costa, do Gaeco de Londrina.
Ribeiro havia se licenciado da prefeitura há uma semana, por motivos de saúde, e desde então não era localizado. Este fato, aliado à nomeação do filho de outra suspeita para um cargo comissionado na prefeitura, foram argumentos para o pedido de prisão preventiva, acatado pelo Tribunal de Justiça do Paraná na quarta-feira.
Com a prisão decretada, o Gaeco catarinense foi acionado e Ribeiro passou a ser monitorado. Policiais vindos do Paraná fizeram campana em Balneário Camboriú enquanto a equipe de Itajaí seguiu para Balneário Piçarras, onde foi efetuada a prisão.
Ribeiro permaneceu na sede do Gaeco em Itajaí até 15h, quando foi transferido para Londrina. O prefeito é investigado por suspeitas de irregularidades em três processos licitatórios para compra de uniformes escolares, tênis e mochilas.
Os itens teriam sido superfaturados para promover desvio de recursos públicos, em troca de propina. Ribeiro foi denunciado à Justiça por crimes de formação de quadrilha, fraude à licitação, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
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