quinta-feira, 17 de maio de 2012

Trecho entre Gaspar e Ilhota deve ser o mais complicado da duplicação da BR-470

O solo argiloso e irregular da BR-470 em Ilhota transformou o lote no mais crítico dos quatro existentes para a fase final do projeto executivo da duplicação da rodovia. Numa extensão de 26 quilômetros, os engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estão extraindo amostras do solo para propor soluções que estabilizem a estrutura das novas faixas da rodovia.

Com a necessidade de ampliar a análise do trecho, o Dnit demandará mais tempo para a conclusão do projeto executivo da obra, necessário para poder lançar a licitação e escolha das empresas que executarão a duplicação.

A necessidade de readequar o plano para o trecho, no entanto, não impedirá que o processo avance. Em reunião com o Fórum Parlamentar Catarinense na terça-feira, o ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos garantiu que os outros três lotes _ entre Navegantes e a BR-101, entre BR-101 e Ilhota e entre Gaspar e Indaial _ poderão ter o processo licitatório aberto assim que o plano executivos dos trechos for finalizado, o que deve ocorrer entre julho e setembro.

A exemplo do que ocorreu com a duplicação do trecho Sul da BR-101, iniciada em 2005, quando ela foi dividida em 14 trechos, cada lote da BR-470 será alvo de uma licitação à parte. Coordenador do Fórum Parlamentar, o deputado federal Décio Lima (PT), que participou da reunião com Passos, explica que a justificativa do ministro para a divisão da obra em lotes busca a agilizar a duplicação.

A intenção do ministério, licitando trechos menores, é diminuir a possibilidade de participação de muitas empresas no processo, o que poderia causar discussões judiciais que atrasariam ainda mais os serviços.

_ A ideia é que, à medida que os lotes sejam concluídos, se faça a licitação. Nas outras rodovias, se lançavam todos os editais de uma só vez. Agora será uma disputa isolada entre as empresas. É algo inédito que o ministro está tentando fazer _ avalia o superintendente do Dnit em Rio do Sul, Elifas Marques, que já trabalhou na duplicação de duas rodovias federais na década de 1980.

Serão 74 quilômetros de duplicação, entre Navegantes e Indaial. O custo será de R$ 1,7 bilhão.

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