quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ideal do Bem

No próximo dia 30/1, completam-se 64 anos do assassinato do líder pacifista indiano Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948). Num mundo marcado pela violência, é sempre bom recordar o exemplo vitorioso do Mahatma (“grande alma”) ao alcançar, por meio da filosofia da não violência, a independência da Índia.

Em “É Urgente Reeducar!”, afianço que todas as animosidades que costumam dividir, segregar os seres humanos em grupos intolerantes, se opõem ao ideal ecumênico. Assim sendo, promovem a intransigência, contribuem para a manutenção desse estado de tensões múltiplas, as quais poderão empurrar o mundo na direção de um conflito indescritível, que ninguém, em sã consciência, pode desejar.

Vemos o ecumenismo irrestrito e o total como expressões máximas do Amor e da Justiça, o eixo de gravidade de uma sociedade sadia. É a condição natural e o querer espontâneo de toda criatura quando espiritualmente integrada ao Criador, ou ao verdadeiro sentido de humanidade, e bandeira dos que, religiosos ou não, labutam por uma convivência planetária melhor. O ecumenismo proposto pela Religião do Terceiro Milênio não impõe nada a ninguém, a não ser suscitar o convite para o entendimento natural entre gente civilizada.

Numa entrevista que concedi à jornalista portuguesa Ana Serra, ressalto que Religião, Filosofia e Política não rimam com intolerância. A Ciência, idem. Observem a reflexão de Voltaire (1694-1778): “A tolerância é tão necessária na política como na religião; só o orgulho é intolerante”.

E outra coisa: jamais se deve pregar um Criador que apavore as criaturas, porém que as deixe mais responsáveis e fraternas.

CIVILIZAÇÃO CIVILIZADA? SÓ COM DIÁLOGO!
Dias desses, li — na obra “Farmácia de Pensamentos”, da pesquisadora Sonia de Aguiar, com a qual fui presenteado pelo veterano jornalista gaúcho Luiz Carlos Lourenço — a seguinte sentença do dinâmico cantor, compositor e ex-ministro brasileiro da Cultura Gilberto Gil: “A arte, a religião e a ciência são maneiras diferentes para atingir os mesmos fins. Mas, no fundo, todas elas procuram respostas para as mesmas perguntas”.

Indagações que apenas serão elucidadas quando a Fraternidade se tornar o fundamento do diálogo religioso, político, filosófico e científico numa sociedade planetária que se arvora civilizada. Diante disso, cabe aqui esta palavra do velho Goethe (1749-1832): “Aquele que tem vontade firme molda o mundo à sua imagem”.

CRIANÇA NOTA 10
A Legião da Boa Vontade deu início à edição 2012 de sua campanha “Criança Nota 10 — Sem Educação não há Futuro!”. Uniformes e mais de 12 mil kits pedagógicos serão entregues a crianças e adolescentes atendidos no Centro Educacional Alziro Zarur, em Taguatinga/DF, e nas demais escolas e Centros Comunitários de Assistência Social da Instituição, em dezenas de cidades brasileiras. Dessa forma, a LBV complementa o trabalho realizado em suas unidades — onde oferece o apoio necessário para que crianças e adolescentes possam efetivar o aprendizado com qualidade — e ampara as famílias.

O povo ajuda, a LBV faz!

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*José de Paiva Netto, escritor, jornalista, radialista, compositor e poeta. É diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), membro efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter). Filiado à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), à International Federation of Journalists (IFJ), ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, ao Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro e à União Brasileira de Compositores (UBC). Integra também a Academia de Letras do Brasil Central.

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