Um grupo de 15 estudantes está acampado na UFSC desde o dia 22 de outubro para protestar contra o sistema capitalista e o modelo de democracia adotado no país. Eles defendem a descentralização de qualquer tipo de poder, a valorização das opiniões individuais e a chamada "democracia real" em contraposição à democracia representativa.
O grupo, que se conheceu pela internet, mantém no Facebook a página Indignados Floripa, com 375 amigos. Pelo site, ele se organizam, divulgam suas atividades e pedem ajuda para arrecadação de materiais e alimentos.
Uma das programações são as chamadas "assembleias horizontais", quando são definidos os rumos do movimento. Na última, realizada no sábado, o grupo estabeleceu um calendário para a semana em que estão incluídas conversas sobre o que é "democracia real" para o movimento e uma manifestação na próxima quarta-feira, na Avenida Beira-Mar. A agenda está disponível na página do grupo no Facebook.
De acordo com a estudante Thais Lobo, 18 anos, a expectativa é que o movimento cresça. Thais afirma que o acampamento foi montado na UFSC porque o local é tranquilo, mas que a intenção é ocupar também, de forma pacífica, a Praça dos Três Poderes e a Praça 15 de Novembro.
— Nossa crença é que o mundo é de todos. Mas ninguém tem ilusão, a gente está por uma luta, uma resistência — afirma a estudante.
Os Indignados de Florianópolis fazem referência à Novembrada — manifestação popular que aconteceu na Capital catarinense durante a ditadura militar — e afirmam que também querem fazer história. Segundo os integrantes do grupo, o movimento é apartidário e quer manifestar suas ideias especialmente por meio da arte.
Os protestos "indignados" começaram na Espanha e nos Estados Unidos e se espalham pelas redes sociais. No dia 15 de outubro, milhares de manifestantes em 80 países foram às ruas defender suas bandeiras.
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