domingo, 30 de outubro de 2011

Parusia e a questão espiritual do tempo

Foi para um 22 de outubro, do longínquo ano de 1844, que alguns irmãos cristãos norte-americanos aguardavam o retorno de Jesus à Terra. Fundamentaram-se em interpretação própria da profecia das 2.300 tardes e manhãs, descrita no livro de Daniel, no capítulo 8º, no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada.
Pelo fato de o segundo advento (a Volta do Divino Mestre ao plano das formas) não ter se dado, essa ocasião foi por eles denominada o Dia do Grande Desapontamento.
No sábado, 22/10, durante a sessão solene das comemorações dos 22 anos do Templo da Boa Vontade, que tive a honra de comandar, reforcei que não percamos de vista o necessário cuidado que devemos ter ao apontar datas para o cumprimento das profecias de Deus. Como colaboração ao tema, apresento-lhes aqui trechos do capítulo “A questão espiritual do Tempo”, constante do meu livro “Jesus, o Profeta Divino”, um dos campeões de venda da 15ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro:
Essa questão do tempo, que está realmente próximo (Apocalipse, 1:1) — mas sempre lembrando que o tempo próximo da profecia apocalíptica se realiza por partes, dentro de grandes partes e da Grande Parte Final —, por sua vez, deve ser com insistência objeto de estudo e reflexão. O salmista no Velho Testamento da Bíblia Sagrada (Salmos, 90:4) o afirma e Pedro Apóstolo (Segunda Epístola, 3:8 e 9) no Novo Testamento o ratifica: “Mil anos dos homens são para Deus como o dia de ontem que já passou”. “Então, Jesus pediu dois dias para voltar”, constantemente destacava o saudoso Alziro Zarur. “E vai ressurgir, do mesmo modo como (no passado) ressuscitou, ao terceiro dia”, depois de ter sido “morto” e “sepultado” pelos seres humanos, os quais veio salvar. Atentemos ainda para o fato de que esse “terceiro dia”, que terá início em 2001 (estávamos na década de 1990), possui mil anos de duração, segundo a contagem terrena. É palmar que lhes falamos do Terceiro Milênio, que vem logo ali. Nenhum de nós na Terra detém autoridade suficiente para apontar esta ou aquela data como a da Volta de Jesus, mas pode concorrer para abreviá-la, conforme se encontra na Segunda Epístola de Pedro, 3:11 e 12: “(...) Vivei em santo procedimento, (...) esperando e apressando a vinda desse Dia do Senhor (...)”.

O BREVE TEMPO DE DEUS
Reforçando o assunto Tempo, no tocante ao Retorno do Divino Mestre — como “o Leão da Tribo de Judá”, Apocalipse (5:5), isto é, com poder e grande glória (Evangelho segundo Mateus, 24:30), não mais como cordeiro a ser abatido —, releio em “Reflexões da Alma” trechos da análise que fiz, depois de estudar Zarur e em anos de pesquisa variada.
Alguns argumentam contra a credibilidade do Apocalipse, tendo em vista esta sua afirmativa: “... pois o tempo em breve chegará”. E o fazem até sem jamais o ter lido. Ou, se abriram suas páginas, passaram apenas os olhos nelas, com a ligeireza de quem lê um romance de quinta categoria... A esses, reiteradamente convido a levar em consideração determinados fatores, como há pouco vimos, e que, por serem tão importantes, ilustraremos melhor em outra ocasião.

José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

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