A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou as causas do acidente entre uma lancha e um banana boat, que deixou gravemente ferida a turista Tamara Dallafavera, 12 anos, dia 5 de março, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. No entanto, nenhum dos pilotos das embarcações foi indiciado pela polícia, e o relatório da delegada Maria de Fátima Souza Ignácio não aponta culpados. O resultado da investigação será analisado pelo Ministério Público, que poderá oferecer denúncia contra os envolvidos.
O relatório da delegada contém depoimentos de testemunhas, de mergulhadores que resgataram a menina e do piloto do banana boat, José Carlos Barcellos. O piloto da lancha que atingiu o brinquedo, o juiz aposentado Disney Sivieri, que mora em Curitiba (PR), ainda não foi ouvido pela polícia. O depoimento dele será tomado por meio de carta precatória.
Segundo Maria de Fátima, o inquérito foi concluído antes de Sivieri dar explicações, porque tanto ele quanto o piloto do banana boat já haviam apresentado defesa à Capitania dos Portos.
Em abril, a Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí também concluiu as investigações sobre o acidente. O relatório apresentado ao Tribunal Marítimo do Rio de Janeiro aponta os pilotos das duas embarcações como culpados. No entendimento da Marinha, o piloto da lancha demorou a perceber a presença do banana boat na água e, como estava em velocidade elevada, não conseguiu manobrar a tempo. Já a embarcação que rebocava o brinquedo deveria ter permanecido em rumo e velocidade constante ao invés de parar, como fez o piloto.
O Tribunal Marítimo acatou o parecer e abriu processo contra Sivieri e Barcellos, de acordo com o delegado da Capitania dos Portos, Alexandre Malizia Alves. Os dois deverão ser ouvidos novamente para que o juiz possa dar a sentença. Caso sejam considerados culpados, poderão receber penas que podem variar entre a retenção ou cassação da carteira de habilitação, e pagamento de multa de até R$ 3 mil.
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