A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira o retrato falado do suposto policial militar que teria estuprado uma jovem de 19 anos na noite de domingo em Criciúma, no Sul do Estado. Ainda não há a confirmação de que o crime tenha sido praticado por um militar. Para a Polícia Militar (PM), as informações do depoimento da vítima não são suficientes para confirmar que o homem suspeito do estupro era um policial. A vítima não reconheceu o estuprador entre os policiais que estavam de plantão no 9º Batalhão da PM, no município, na data do crime. Informações que possam auxiliar a polícia no caso podem ser repassadas pelo telefone (48) 3433-2189, da Delegacia da Criança, Adolescente e proteção à Mulher ou através do Disque-Denúncia da Polícia Civil, no 181.Versão da vítimaA mulher disse à equipe de investigação que voltava para casa, após o trabalho, no domingo à noite numa motocicleta. Quando chegava ao bairro São Luiz, teria sido abordada por um suposto policial, que pediu para verificar os documentos do veículo. A documentação da moto não estava em dia. O homem então teria proposto que ela a seguisse até a delegacia para não ter despesa com o guincho. Ela teria pedido para o homem a liberar da punição. O suposto policial teria então perguntado a ela sobre o que ganharia como recompensa, caso a liberasse. Ela disse ter dito que não daria nada ao homem. A jovem trabalha numa pizzaria, é casada e tem um filho. Ela contou em depoimento que seguiu a solicitação do policial, que mudou o trajeto e teria ido ao Recanto Verde. Ela desconfiou e tentou retornar, mas foi chamada. Quando se aproximou da suposta viatura, foi agarrada e jogada dentro do carro, onde ocorreu a violência. O delegado Vitor Bianco Júnior não descarta a possibilidade do crime ter sido cometido por um falso policial. Foi aberto inquérito policial militar para investigar o caso em caráter sigiloso. O exame do Instituto Médico Legal (IML) confirmou a relação sexual, mas não apontou indício de violência. O relações públicas do 9º Batalhão da PM, capitão André Alves, disse que há dúvidas em razão de o resultado do exame não ter constatado sinais de violência e pelo fato do policial ter feito a abordagem sozinho, o que é contra procedimentos da polícia. Com base nas características que foram descritas pela vítima, não foi identificado nenhum policial que esteve em atividade na noite em que teria ocorrido a violência sexual. O crime só foi divulgado na quinta-feira pela polícia.
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