Advogado pede habeas-corpus para prefeita

Um pedido de habeas-corpus ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) poderá colocar ou não em liberdade a prefeita Marta Regina Goss (PSDB), de Bocaina do Sul. Ela foi presa em flagrante na noite de sexta-feira pela Polícia Federal. A prefeita teria exigido dinheiro de dois médicos para mantê-los empregados no hospital do município. O encontro entre a prefeita e um dos médicos denunciantes ocorreu na casa dele. Marta está em uma cela privada do Presídio Regional de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, para onde foi levada após ter sido flagrada com R$ 5 mil — segundo a Polícia Federal, cada médico teria pago R$ 2,5 mil — já que no presídio de Lages e na superintendência da Polícia Federal, em Florianópolis, não havia vagas na manhã de sábado. O pedido de libertação da prefeita foi apresentado na tarde desta segunda-feira pelo advogado Luiz Roberto de Athayde Furtado. Para a defesa, não resta dúvida da inocência da prefeita, e há indícios de que a prisão foi uma armação contra ela. Luiz Roberto acredita que a liberdade será autorizada pelo TJSC, até por haver, segundo ele, um prazo regimental de até 72 horas para que o Tribunal se pronuncie a respeito de habeas-corpus. — Ela é ré primária, tem domicílio fixo, é prefeita, não vai fugir das obrigações processuais, não vai coagir testemunhas e, acima de tudo, é inocente — disse Luiz Roberto.